16.2.19

O AMOR É UM ENCONTRO FÚNEBRE



Que maravilha! Agora vem você com esse sorrisinho imprestável, que me arrebata sem qualquer desejo de ser compreendido. Caramba, palhaçada sem graça. Aprender os efeitos da solidão em nós é capacitarmo-nos para viver melhor com o outro. Por que você faz amor sorrindo? Bobagem, isso que estou sentido não tem nada a ver com você. Sério. Falácia essa de amor à primeira vista. 

Eu naveguei em mares tão distantes, para me aproximou do início do conflito entre o ideal de mim e a minha falta que você me fez enxergar através da tua íris. Me afastei às pressas de tudo que eram pessoas carentes, para me esbarrar de novo no amor? Diacho, viu! 

Faz frio e penso em você. Sinto o gosto do teu beijo no escuro desse quarto que está infestado do teu cheiro. Que inferno é essa coisa de ser inundado por alguém que se quer conhece direito. OKAY! Vem com essa não superego, querendo dizer quem nem eu me conheço direito. Que não sou senhor do meu próprio corpo, casa. Sabia que essa coisa de ler Freud me levaria ao poço da loucura.

A minutes do único encontro de amor fez efeito que em anos de vida não havia sentido. Essa experiência de amar me faz desejar conversar com Deus. Que babaquice, estamos sempre a conversar com Deus, não é mesmo? Ao menos foi isso que Valter Hugo Mãe propõe em "A desumanização". Essa de Ateu? Nem vem com essa de Ateu. Ateu é um cara que vive a vida para dizer aos outros que Deus não existe, para ver se ele mesmo acredita nessa babaquice. 

Deus é algo que Descartes nomeia como uma parte soberana de nós. Embora tenha uns babacas que acreditam num Deus punitivo. Imagine a força do poder do Superego na vida desses sujeitos cheios de birra de si mesmo, deve ser pura devastação que sente por si mesmo.

Cada vez que reconheço o meu amor no outro, despenco minhas certezas de uma altura de 500 andares, o que resta são fragmentos que implicam em saber mais na minha miúdes no mundo. Aprendo a crescer sempre às voltas da experiência com outro, por ele ser não-todo faz com que coloque algo de mim para nascer o diálogo e assim nascer uma história de amor. O encontro com o outro, quando acontece, é sempre de amor e ódio. Aprender a fazer com os efeitos é que faz com que criemos vínculos que promovem o crescimento.

Sempre que me encontro com o amor, eu perco algo. Desencontro uma pessoa, um amor antigo, um sonho que não mais me cabe. O amor é foda, é meio fúnebre esses encontros e desencontros. Ufa, ainda bem que o amor me salva de mim mesmo.

Fico por aqui, acabou o café. Infelizmente. Até breve!

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