Em
seu pior momento da vida, encontrava-se em
estado esgotável da natureza humana. Nesses agraves, necessitava deixar escoar até a última gota do
insuportável de sua tristeza. Extenuado e sem qualquer ânimo,
trajava o seu horror ao se colocar em convívio social. Não havia energia para
opinar ou pensar nos adornos de amor próprio para seguir bem arrumado aos olhos
dos Outros. Era só mais desserviço com ele mesmo, mais uma traição para conta.
Perto demais de ser petrificado, foi capturado pela imagem dos passantes e vê em cada um deles o seu horror refletido. Pressentiu uma leve pontada de angústia no peito, achou que fosse um AVC. Para seu azar, não era. Em estado de vertigem, cobiçou embarcar em qualquer ônibus para mudar a rota e se livrar de tudo que estava alcançando.
O sofrimento é mais latente e estranho de caber nas palavras, mas sabia que era respeitável apostar na criação de palavras para não enlouquecer em si mesmo. Era através desse esforço de se fazer dizer, que inventava laços para além do habitual. Necessitava do toque de um outro, alguém que pudesse oferecer um olhar mais amável e menos sufocante para escuridão.
De dentro da tempestade é possível se fazer saber sobre o indomável de nós mesmos. Precisava embarcar no próximo ônibus, que indicava para direção da responsabilidade com a própria história, com o acaso e a surpresa que a vida trouxe e trará. Detalhes irão transformá-lo pouco a pouco, não por completo. O passado faz sempre presença, e sabe que caberá a ele fazer melhor com isso que se desenrola no depois que se escreve sem sua vontade.
O ônibus chega, reluta aflito se será capaz de suportar o caminho. O medo de ser medíocre era mais ululante que fracassar. Desatento, entra e se senta com vontade de desistir. Acelerado, percebe lentamente o ônibus ganhar movimento, já não dá mais para fugir. Nem tudo está perdido, depois de uns tombos, perdas e lágrimas salgadas, pode-se saborear o amargo do saber que emerge de retalhos que ficam, na tentativa de criar coisa outra para se fazer existir. O resto que permanece ressoa certo mal-entendido, sensato contorno que implica desejo e um provável impulso para o próximo ato.
Perto demais de ser petrificado, foi capturado pela imagem dos passantes e vê em cada um deles o seu horror refletido. Pressentiu uma leve pontada de angústia no peito, achou que fosse um AVC. Para seu azar, não era. Em estado de vertigem, cobiçou embarcar em qualquer ônibus para mudar a rota e se livrar de tudo que estava alcançando.
O sofrimento é mais latente e estranho de caber nas palavras, mas sabia que era respeitável apostar na criação de palavras para não enlouquecer em si mesmo. Era através desse esforço de se fazer dizer, que inventava laços para além do habitual. Necessitava do toque de um outro, alguém que pudesse oferecer um olhar mais amável e menos sufocante para escuridão.
De dentro da tempestade é possível se fazer saber sobre o indomável de nós mesmos. Precisava embarcar no próximo ônibus, que indicava para direção da responsabilidade com a própria história, com o acaso e a surpresa que a vida trouxe e trará. Detalhes irão transformá-lo pouco a pouco, não por completo. O passado faz sempre presença, e sabe que caberá a ele fazer melhor com isso que se desenrola no depois que se escreve sem sua vontade.
O ônibus chega, reluta aflito se será capaz de suportar o caminho. O medo de ser medíocre era mais ululante que fracassar. Desatento, entra e se senta com vontade de desistir. Acelerado, percebe lentamente o ônibus ganhar movimento, já não dá mais para fugir. Nem tudo está perdido, depois de uns tombos, perdas e lágrimas salgadas, pode-se saborear o amargo do saber que emerge de retalhos que ficam, na tentativa de criar coisa outra para se fazer existir. O resto que permanece ressoa certo mal-entendido, sensato contorno que implica desejo e um provável impulso para o próximo ato.
maicon jose de jesus vijarva
txt escrito para @aconfrariadostrouxas.
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