21.9.18

O SABER INCOMPLETO EM NOSSO TEMPO


O futuro depende de como cada sujeito reconhece e interpreta o horror e beleza do seu sintoma no presente, uma vez que, tanto o mundo quanto ao saber que se constrói consigo mesmo e com o outro se faz-saber disforme e incompleto.

A globalização de nosso tempo instaura um relevo de questionamento sobre algo que já insinuava um ruído daquilo que o humano significava como conhecimento. A psicanálise desde Freud inaugurava uma litura sobre o que o sujeito discursa como saber e faz questão sobre o conhecimento, promovendo a pulga da dúvida sobre o saber completo.

Se o mundo novo é horizontal, com aludes de saberes incompletos, logo o mundo e o saber são incompletos em sua totalidade. Qualquer que seja a conclusão que produzimos das coisas, do outro e de nós mesmos são precipitadas.

Toda essa ideia faz auê na construção de um saber, quando a praga da reflexão atravessa e desata os pilares ruindo o que sustenta a ilusão social. O sujeito que espera um saber completo de tudo que compõe um silogismo, para então apostar em seu percurso, está predestinado a ser engolido pela areia movediça da indecisão.

Se é impossível prever o futuro, saber-fazer [em análise] sobre o que nos causa, possibilita que sejamos melhores na capacidade em reconhecer o percurso do presente que nos levará a sermos criativos na aposto do futuro.

Abraço,
Maicon Vijarva

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