Idealizar o outro que endereçamos nosso amor romantizado, admirando,
querendo [mesmo que impossível] tatuá-lo em nossa pela é inevitável. A ordem do
mistério que tange o amor faz com que o sujeito se contorça em decepções e fúria.
É uma oportunidade compreender que nada se aprende sobre o amor,
é descobrir que é mais sobre conhecer os efeitos da experiência e, por mais que
amemos o outro, não poderá ele nos salvar de nós mesmos, por causa disso.
Tampouco seremos nós a salvação das mazelas que emperram a vida
daquele que endereça o seu amor à nós. Compreender isso tudo, envolve muito
trabalho, seja dentro ou fora da análise. Fazer-saber mais sobre isso não vem
por gravidade, mas de um suor que nos atravessa o campo lógico.
É uma ilusão confortadora e apaziguadora imaginar que todo
perrengue que enfrentamos durante nosso percurso de vida será compensado por o
surgimento de um príncipe encantado ou princesa que possa iluminar o umbral que
vivemos após as experiências catastróficas com os ex-amores.
Em contraponto, seria muito mais justo se pudéssemos reconhecer
que é muito mais proveitoso estar aberto a novas experiências, sabendo do risco
de cometermos os mesmos erros, de uma maneira diferente, singular.
Não se trata de ganhar ou perder, mas de apostar tudo em algo
que não se sabe em que vai dar e sentir o doçura e azedume que é gozar melhor
na vida.
Abraço,
Maicon Vijarva
Abraço,
Maicon Vijarva
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