Tu perguntas se deves,
Digo, o que te impede?
Dava-se ao amor como dava-se ao ódio,
Estimo não ser inverossímil nada do que dizem
a respeito do amor e ódio.
Amar e ódio são como lanterna mágica,
alimentam os fantasmas da nossa alma,
os dando cor.
Dizem que amar é para os fortes,
mas temo tal especulação.
Os grandes escritores que falam sobre amor,
são frágeis, mas corajosos.
O que motiva o amor, não é a força,
mas a coragem de se despir,
desabitar, permitir-se ser habitat do novo,
do Outro.
Já disse Goethe:
O que seria o mundo para nosso coração,
sem amor?
O mesmo que uma lanterna mágica,
sem luz,
Efêmero!
Não seja medíocre com o seu amor,
Invista tudo, mergulhe.
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