
Quando pensamos um significado sobre nossas vidas, é
preciso salientar uma razão enquanto cidadãos, no coletivo, para então
encontrar uma razão individual. Não sei se há resposta nessa reflexão, mas
certamente, como menciona o escritor e filósofo contemporâneo-moderno Mario
Sergio Cortella: “sábio não é o que dá respostas verdadeiras, mas o que faz
verdadeiras perguntas”.
O tempo passa diante dos nossos olhos, mas estamos tão
preocupados em agradar os outros que, na medida em que o tempo passa, acabamos
deixando o significado de nossas vidas no esquecimento, deixando de existir; e
no crepúsculo da juventude começamos a tomar consciência do quanto fomos (somos?)
ingênuos.
As questões significantes, talvez
só sejam possíveis de encontrar, quando procurarmos não agradar os outros, mas
agregar valores à humanidade. Isso. Quem sabe seja esse o significado: agregar
valores. Não no sentido de valor material – acumulativo-narcisista –, mas valor
de experiência, de saber, de conhecimento. Dar ao outro, sem ser pretensioso,
o conhecimento que nós é oferecido gratuitamente. Ensinar sem medo de ser
superado.

Contudo é muito possível que nunca encontremos um
significado-significante universal, para aquecer os corações dos humanos,
nosso. Mas é pensando a dois ou mais, que encontraremos novas perguntas para
novas descobertas. Para isso, vamos sempre precisar do Outro para descobrir
novos caminhos, novos horizontes, novos significados. Segundo o psicoterapeuta
e escritor contemporâneo Renato Dias Martino: “A arte do pensar é sempre a
dois, sozinhos no máximo imaginamos”.
Enquanto houver capacidade de pensar novas perguntas,
haverá novas descobertas para harmonia de nossa mente e alma humana.