23.6.12

Identificação e o Onírico


Na ligação por identificação, o objeto precisar ser capaz de suportar as projeções feitas pelo (eu), ligação de identificação, quando o bebê quer ser a mãe – sempre com o pensamento de não poder viver sem o objeto de desejo, assim, o individuo deseja tornar-se o objeto, para não mais precisar dele. Ligação objetal, é quando o (eu) deseja ter o outro –  preciso ter aquilo que não tenho em mim -, e, assim crescer com esse objeto, em plena construção mutua. 

Não obstante, se a ligação com o objeto não puder  evoluir de identificação, para objetal, não haverá experiência para uma expansão do desenvolvimento do ego. Para melhor compreendermos, tomemos a tríade de bebê - mãe – pai –, o bebê se liga com a mãe por identificação, já que para o bebê nada mais existe além dele –, é como se fossem a mesma pessoa. 

Quando o pai surge na história, criando, então o triangulo amoroso, o bebê percebe ser mais parecido com o pai do que pela mãe. A partir de então, à ligação por identificação sobrevém agora ser com o pai e, a objetal com a mãe, de modo que deseja ser o pai, para poder ter à mãe. No entanto, se o relacionamento ocorrer com uma mãe narcisista, não ocorrera um processo saudável, de forma que isso conduzira a cristalização do modelo da identificação, no qual a mãe não deixará que o bebê possa ser o outro, de tal forma que ele só poderá existir ser for por ela –, a ligação continuará a consistir em identificação.

Também, temos o trabalho Onírico, que é quando ocorre do Real-Imaginário-Simbólico. Dizemos que, o sonho é a realização insinuada de um desejo. Segundo Bion, os elementos betas são as pulsões desordenadas são atraídos pelo que é real, por exemplo, quando o bebê chora a mãe já sabe se o bebê está faminto ou se está com dor.  Também, é necessário que um objeto  - mundo externo - seja capaz de transformar o que é beta em alfa, isso ocorrerá através dos parâmetros: CONTINENTE – CONTEÚDO.

Segundo Melanie Klein (1960) constitui e é sustentado através da capacidade da formação de simbolização, sendo diferenciada do objeto transicional, pois o bebê ainda precisa de algo concreto, é na simbolização do objeto desejado, confiança no real, mesmo em sua ausência. O símbolo é forma de capacidade de viver o real sem o sensório, tendo de cuidar do objeto no mundo interior, enquanto ele se encontra ausente. Quando o individuo encontra-se na posição esquizo-paranóide – não há ego –, o ego só possui vida, na posição depressiva, pois pode lidar com o sentimento de culpa, criando mecanismos para compreender esse sentimento.

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