TOPOS (do Grego, lugar).
Segundo Freud (1915/1996b, p. 179):
“Nossa topografia psíquica, no momento, nada tem que ver com a anatomia; refere-se não a localidades anatômicas, mas a regiões do mecanismo mental, onde quer que estejam situadas no corpo.” ··.
Primeira tópica: Nesse sentido, os processos mentais foram divididos em três sistemas básicos: o inconsciente (Ics), o consciente (Cs) e o pré-consciente (Pcs):
Inconsciente: é tudo aquilo que fazemos sem
perceber, sem termos o conhecimento de que estamos fazendo e tudo que está no
inconsciente traz consigo insegurança, é uma parte que o eu desconhece. É no inconsciente que se localiza a libido, por
isso, que no inconsciente não mensuramos o tempo, pois não há tempo e nem
espaço. É onde produzimos nossas fantasias, sonhos. Podemos dizer que o sonho é
a maneira mais fiel dos conteúdos inconscientes, constante realização de
desejos, acompanhadas de imaginações e fantasias.
Pré-consciente: É a parte do aparelho psíquico, no
qual ocorre a junção do externo com o interno, ou seja, da consciência com a
inconsciência. No entanto, é a área de representação, simbolização do objeto, que
é oriundo de dois lados, duas partes – percepção da realidade consciente – e,
também, da pulsão inconsciente que misturamos as coisas, as informações, os sentimentos,
tudo porque não foi possível passar por uma barra de censura entre ambas às
partes.
Consciente: O consciente é tudo o que é
externo, real, em que o podemos reconhecer os objetos, sentimentos. É a
fronteira entre o psíquico (mente) e o somático (corpo), no qual as pulsões
primitivas entre os dois se manifestar-se-ão no corpo, causando sintomas
fisiológicos.
Ensaios para
compreensão da Segunda Tópica:
Pulsão + Objeto = IMPULSO
O impulso vem da
pulsão e só pode acontecer quando está na presença do objeto – Eros – interior
para o exterior, sempre estará a favor do outro,
contra o eu. Sendo a catexia libidinal, e não sendo uma
libido livre, mas, apenas, uma pulsão.
Assim, um processo
secundário fará com que o outro dite a verdade. No entanto, se o objeto não for capaz de
acolher, numa função nirvana, ou seja, recolhe-se – quietude em si mesmo. Esse
desejo é reprimido, sendo jogado de volta ao ICS, expulso do CS e esse
eu passara a criticar todos os que alcançaram
seus objetivos, uma vez que ele não pode ser, não deixará o outro ser.
Objeto
Substitutivo: o
reprimido voltará a buscar o objeto de forma ambígua: Amor e ódio. O reprimido é
tudo aquilo inconsciente que não foi obtido espaço no consciente, sendo algo
que não pode se realizar, que não pode ser levado ao mundo externo, é aquilo
que desejamos ter ou ser e não conseguimos, mas achamos que somos ou é nosso.
Mas, temos
salvação caso esses elementos reprimidos que só saíram da fase da latência,
para o manifesto, quando encontrarem portas para um ambiente seguro. Todavia, pode ocorrer desses elementos
reprimidos nunca encontrarem portas para voltar para o consciente, conseguindo
assim verbalizar o que se sente – geralmente isso ocorrerá na tenra infância.
Caso não verbalize, sempre existira uma angústia desconhecida, pois não saberá
o que ocasiona toda essa angústia.
Representação:
É quando a
pulsão encontra no seu mundo externo um objeto suficiente bom, tornando-o uma representação
simbólica. Quando não estou com o objeto, saberei que ele logo voltará, assim
poderá suportar sua ausência por sensato tempo.
Portanto, o mundo
interno é compreendido por meio do inconsciente, e o mundo externo por meio da
consciência, realidade.
Thânatos é
conhecido como o deus da morte, é a oscilação do aparelho mental entre o consciente
para o inconsciente, é aquilo que rompe o vínculo com o outro.
Eros é Deus do amor, é o elemento interno que se pronuncia no externo, aquilo que permite ir atrás do outro.
Eros é Deus do amor, é o elemento interno que se pronuncia no externo, aquilo que permite ir atrás do outro.
Parabés pela clareza e layout do post.
ResponderExcluirAbraços,
Anna Amorim