25.5.12

Ensaio da compreensão básica sobre a Psicanálise

Por Maicon José de Jesus Vijarva

Uma visão topográfica do aparelho psíquico:


TOPOS (do Grego, lugar).
Segundo Freud (1915/1996b, p. 179): 
“Nossa topografia psíquica, no momento, nada tem que ver com a anatomia; refere-se não a localidades anatômicas, mas a regiões do mecanismo mental, onde quer que estejam situadas no corpo.” ··.

Libido: Necessidade de saciar o desejo carnal, também, podendo ser denominado de uma carência.

Primeira tópica: Nesse sentido, os processos mentais foram divididos em três sistemas básicos: o inconsciente (Ics), o consciente (Cs) e o pré-consciente (Pcs):

Inconsciente: é tudo aquilo que fazemos sem perceber, sem termos o conhecimento de que estamos fazendo e tudo que está no inconsciente traz consigo insegurança, é uma parte que o eu desconhece. É no inconsciente que se localiza a libido, por isso, que no inconsciente não mensuramos o tempo, pois não há tempo e nem espaço. É onde produzimos nossas fantasias, sonhos. Podemos dizer que o sonho é a maneira mais fiel dos conteúdos inconscientes, constante realização de desejos, acompanhadas de imaginações e fantasias.

Pré-consciente: É a parte do aparelho psíquico, no qual ocorre a junção do externo com o interno, ou seja, da consciência com a inconsciência. No entanto, é a área de representação, simbolização do objeto, que é oriundo de dois lados, duas partes – percepção da realidade consciente – e, também, da pulsão inconsciente que misturamos as coisas, as informações, os sentimentos, tudo porque não foi possível passar por uma barra de censura entre ambas às partes.

Consciente: O consciente é tudo o que é externo, real, em que o podemos reconhecer os objetos, sentimentos. É a fronteira entre o psíquico (mente) e o somático (corpo), no qual as pulsões primitivas entre os dois se manifestar-se-ão no corpo, causando sintomas fisiológicos.

Ensaios para compreensão da Segunda Tópica:

Pulsão + Objeto = IMPULSO

O impulso vem da pulsão e só pode acontecer quando está na presença do objeto – Eros – interior para o exterior, sempre estará a favor do outro, contra o eu. Sendo a catexia libidinal, e não sendo uma libido livre, mas, apenas, uma pulsão.

Assim, um processo secundário fará com que o outro dite a verdade.  No entanto, se o objeto não for capaz de acolher, numa função nirvana, ou seja, recolhe-se – quietude em si mesmo. Esse desejo é reprimido, sendo jogado de volta ao ICS, expulso do CS e esse eu passara a criticar todos os que alcançaram seus objetivos, uma vez que ele não pode ser, não deixará o outro ser.

Objeto Substitutivo: o reprimido voltará a buscar o objeto de forma ambígua: Amor e ódio. O reprimido é tudo aquilo inconsciente que não foi obtido espaço no consciente, sendo algo que não pode se realizar, que não pode ser levado ao mundo externo, é aquilo que desejamos ter ou ser e não conseguimos, mas achamos que somos ou é nosso.

Mas, temos salvação caso esses elementos reprimidos que só saíram da fase da latência, para o manifesto, quando encontrarem portas para um ambiente seguro.  Todavia, pode ocorrer desses elementos reprimidos nunca encontrarem portas para voltar para o consciente, conseguindo assim verbalizar o que se sente – geralmente isso ocorrerá na tenra infância. Caso não verbalize, sempre existira uma angústia desconhecida, pois não saberá o que ocasiona toda essa angústia.

Representação: É quando a pulsão encontra no seu mundo externo um objeto suficiente bom, tornando-o uma representação simbólica. Quando não estou com o objeto, saberei que ele logo voltará, assim poderá suportar sua ausência por sensato tempo.

Portanto, o mundo interno é compreendido por meio do inconsciente, e o mundo externo por meio da consciência, realidade.

Considerações finais:

Thânatos é conhecido como o deus da morte, é a oscilação do aparelho mental entre o consciente para o inconsciente, é aquilo que rompe o vínculo com o outro. 

Eros é Deus do amor, é o elemento interno que se pronuncia no externo, aquilo que permite ir atrás do outro.


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