O tempo é passageiro. Transita de cá para lá ao longe. O tempo faz furos nas ideias concretas, abandona o sujeito na herança dos restos e mal-entendidos de histórias e estórias por onde toca mesmo que longínquo. Casa-te com o acaso e surpresa e não terás uma vida tediosa, embora o tédio resida, quase que sempre, na curva dos excessos.
Transeunte dos tempos líquidos, o sujeito sempre anota compromissos inadiáveis para não tropeçar com a falta que o amor convoca a cheirar, beijar, tocar, sentir e, sem qualquer pretensão já o assumindo de todo, a responsabilização de si no mundo.
Amar não é sem dor, quem ama também ama o caos de existir, a diferença, o lugar indizível de si mesmo e, sem dúvida, do outro. O amor é dessas coisas inexplicáveis que precisamos dizer e repensar melhor todos os dias, no ato de escrever a si mesmo com suor e sangue vermelho fresco fervido de vida.
Fugir do amor é sempre uma droga que vicia e devasta a cada afastamento dos encontros amorosos que a vida oferece. Amar não cola, amor faz vento. Vamos voar e descobrir nosso desejo de amar no mundo dentro e fora da gente.
gostei texto excelente.
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