Em devaneios de pensamentos
debato-me matutando quando é que iria ser maduro. A resposta: nunca. Não se
trata de tornar-se maduro, mas desentulhar o caminho para que a experiência deslize
e emita seus efeitos em nós. Não se trata de saber o que é a vida para começar
a viver e alcançar a maturidade, mas tentar dizer para que se possa ser
criativo ao viver a vida e seus efeitos.
A resposta que almejamos nunca
virá, e se vir, não mais será suficiente para o tempo outro que já teremos
alcançado. A maturidade é justamente a experiência do hoje, e alçamos ela
vivendo entre o aprender errando e errar aprendendo.
A maturidade é desenvolvida pelo
atravessamento da experiência bem-sucedida que o sujeito encontra na função materna
e paterna. Quando não encontra esse ambiente citado anteriormente, o sujeito poderá
contar com a sorte de topar pessoas que possam ocupar de forma satisfatória essas
funções para poder acariciar as feridas e fazer das cicatrizes causa para
continuar a existir e reinventar a própria vida.
O sucesso se alcança quando se aprende
a fazer causa com o sofrimento, com a cicatriz que nunca será tampada com
efeitos mágicos de pílulas e processos cirúrgicos. O sofrimento e dor podem ser
a causa para grandes voos ou a ponta da lança direcionada a si mesmo. A luta
nunca cessa. É preciso matar o leão por dia, porque ele não está na
personificado na voz da imagem do outro e sim na projeção que fazemos do outro
em nós.
Errar é importante e é o que nos leva
a saber mais sobre o que estamos nos tornando. O saber é uma experiência e se transforma
de acordo com os passos que oferecemos ao nosso inconsciente e, consequentemente,
a nós mesmos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário e compartilhe com seus amigos.