22.6.18

ATITUDE PSICANALÍTICA: AUTORIZAR-SE ANALISTA


A capacidade de um sujeito de tornar-se analista está na sua posição de responsabilidade e ética para com três fatores essenciais, o primeiro fator e mais importante é a análise pessoal, os seguintes e não menos importantes são estudo teórico e supervisão.
Esse dinamismo possibilita ao sujeito que busca assumir a posição de analista a base para construir sua própria linguagem e teoria, levando em conta que a psicanálise é uma parte construção de retornos a Freud e outra são elementos importantes do sujeito que deseja assumir ela como linguagem de percurso.
Autorizar-se como analista trata-se de uma atitude única e pessoal, que vai se desenvolvendo com o passar do exercício de análise pessoal, clínico e teórico em psicanálise, os quais estão intimamente ligados e são interinfluenciáveis.
O encontro da atitude psicanalítica está na ordem de inúmeras consequências de fatores, reconhecendo limites e desenhando as condições mínimas necessárias para analisar quem se propõe ao ato de ser analisado.
O analista precisa criar sua própria identidade e linguagem a partir das bases propostas por Freud, buscando sempre ir mais ainda à frente, ultrapassando-o com novas formulações e expandindo a psicanálise para novos pólos, sempre às voltas da ética e responsabilidade.
Em suma, saber sobre psicanálise só se faz possível através da experiência de assumir o lugar  angustiante de analisante, essa experiência de sustentar e levar até as últimas conseqüências a sua análise pessoal poderá contribuir para que o sujeito possa se autorizar a torna-ser analista.

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