"Olhe com amor para si mesmo, analise cada traço, mudança e lute para ser uma pessoa melhor para si mesmo, só assim poderemos transformar o mundo, buscando conhecer, aceitar e transcender os conflitos que existem dentro de nós".
A primeira aparição da solidão do ser humano ocorre
ao nascer, quando lhe cortam o cordão umbilical, o ser humano, gregário por
definição, inicia uma nova fase de sua vida, porém, fisicamente sozinho, e
assim acompanha sua jornada até a morte, - cujo silêncio absoluto quem sabe
caracterize o maior período de solidão.
Há alguns anos, as relações humanas vêm sofrendo
mudanças significativas, nas quais algumas delas estão submersas ao significado
da vida, e tudo que conspira para sua existência. É intrigante, mas é possível ouvir o tom
trêmulo nas vozes humanas, e sentir que por algum pretexto a humanidade está
perdendo o desejo pela vida, e facilmente consentindo com a decadência do mundo
externo e, por conseguinte deixando o significado da vida escapar.
A tecnologia, por sua vez foi conquistando seu
espaço, modificando as relações comportamentais e afetivas. Revolucionou o
conceito de liberdade de expressão, tanto se faz verdade que, hoje não é
impossível pensar, ou viver o universo sem tecnologia, sem satélites. Teleconferências, mensagens de celular, e-mails, e-books e sites de relacionamentos, como as
famosas “redes sociais”, oferecendo uma interação em tempo real, criando uma
Era de “laços de afetividade virtual”, tornando-se ferramentas indispensáveis
na rotina da maior parte da população mundial. Todo avanço da tecnologia trouxe
benefícios, hoje é possível conversar com familiares, amigos e contatos profissionais
de toda parte do mundo, detalhe, em tempo real.
A inclusão digital alcançou todos os lugares, até mesmo
as tribos indígenas. No entanto, não podemos deixar de notar que a tecnologia
avançou muito então pouco tempo, e que toda essa frenética realidade nos dá a
sensação de nunca estarmos sozinhos, no âmbito da solidão. Entretanto, esta é uma
percepção fantasmagórica. Séria um estereótipo, caso mencionasse a tecnologia
como grande percussora do individualismo, ela não foi à percussora, porém, facilitadora.
Nos detalhes do cotidiano, em um movimento sútil colateral,
encontramos pessoas cada vez mais solitárias, depressivas e isoladas. Incrível?
Não, porque vivemos nesta realidade, mas não queremos enxergá-la com medo da
dor, que de uma forma ou de outra acabamos sentindo. O vazio da solidão tem
tomado um rumo assustador, tornando-se uma das maiores queixas do mundo
moderno. Hoje em dia, é comum ouvirmos as pessoas queixarem-se do vazio, da solidão,
mesmo estando rodeadas de uma multidão de pessoas.
Contudo, estar consigo mesmo de vez em quando, ou seja, no vazio, na solidão, é importante e até mesmo necessário na vida do ser
humano, para que ele possa conhecer a si mesmo, pensar e refletir sobre seus
atos, sonhos e no significado da sua vida. O que se constata é que as pessoas não querem parar
para tranquilizar a alma – descansar –, não querem designar um tempo exclusivo para
refletir, pensar sobre seus medos, solidão ou vazio. Pensar-se a si mesmo.
É comum olhar na modernidade e ver que, os humanos habituaram-se a viver em constante movimento, inventando sucessivas atividades, unicamente para não terem tempo para pensar, refletir sobre elas e o que está em sua volta; e, assim, não correr o risco de ter que lidar com os problemas.
É comum olhar na modernidade e ver que, os humanos habituaram-se a viver em constante movimento, inventando sucessivas atividades, unicamente para não terem tempo para pensar, refletir sobre elas e o que está em sua volta; e, assim, não correr o risco de ter que lidar com os problemas.
É notório que temos medo de olha para dentro de nós,
e observar que nos acomodamos, criamos ninhos e não desejamos mais sair da zona
de conforto, sabemos bem que devemos crescer e amadurecer. Mas sair da zona de conforto
sem se machucar, é muito difícil, impossível, tudo isso nos mantém amarrados,
acorrentados no passado, nas lembranças, nas pessoas e no pessimismo.
Como sair da zona de conforto? É difícil, não podemos simplesmente criticar esse ato, talvez esse seja o pilar que sustenta o edifício inteiro de alguns humanos.
Como sair da zona de conforto? É difícil, não podemos simplesmente criticar esse ato, talvez esse seja o pilar que sustenta o edifício inteiro de alguns humanos.
Só conseguimos sair dessa zona, quando encontrarmos segurança em nós mesmos e, desta forma, enfrentar nossos medos e conquistar nosso espaço na sociedade, não como um ser humano respeitado, mas como um herói que conseguiu compreender que a vida acontece dentro e fora de nós, por isso é preciso compreender nossos sentimentos e sermos humildes com nós mesmos, com nossos sonhos e com o próximo.
Em nosso dia a dia, frequentemente vamos nos envolver com os sentimentos de vazio, de solidão, e precisamos estar preparados, caso contrário, o vazio pode se tornar um inimigo e posteriormente ser um sentimento insuportável na jornada da vida.
Portanto, olhe com amor para si
mesmo, analise cada traço, mudança e lute para ser uma pessoa melhor para si
mesmo, só assim poderemos transformar o mundo, buscando conhecer, aceitar e
transcender os conflitos que existem dentro de nós.