Nos tempos atuais, do qual fazemos parte, o conhecimento nos leva a aprendizagem constante sobre o mundo. Quando buscamos o conhecimento, adquirimos informações do que, supostamente, nos aproxima da verdade, baseando-se em uma variedade de pensadores como Sócrates, Platão, Freud, Nietzsche, Kant, entre outros, nos propondo um referencial que o conhecimento traz consigo, o desconforto, ou seja, quando buscamos o conhecimento começamos a viver a crise existencial, de modo que estamos deixando o 'passado' para viver a incerteza do 'presente'. O desenvolvimento do aprender gera impacto doloroso, de certa maneira, por estarmos vivendo um processo de luto. Este processo psíquico é vivido intensamente com angustia, quando ameaça o rompimento com a solidão.
O desenvolvimento do aprender gera impacto doloroso, de certa maneira, por estarmos vivendo um processo de luto. Este processo psíquico é vivido intensamente com angustia, quando ameaça o rompimento com a solidão. No modelo psicanalítico do "Mito da Caverna" (A REPUBLICA - Platão), Sócrates questiona Glauco através de um dialogo de suposições, Sócrates propõe o pensar sobre 'O Mito da Caverna'. Trata-se de alguns prisioneiros que vivem numa caverna, acorrentados, entre si, desde o seu nascimento. Eles estão presos de tal forma que tudo o que vêem são sombras projetadas na parede diante deles. As sombras são reflexo de uma fogueira que arde atrás, e sobre eles. Como tudo o que os prisioneiros conhecem são as sombras, eles acham que aquela é toda a realidade que existente, possível.
Mas, eis que um belo dia, um deles consegue se libertar, contudo, tem sua visão ofuscada pela luz, mas mesmo com a vista embaçada, ele se guia inicialmente pelas sombras até, finalmente, chegar no mundo de fora da caverna. Quando o prisioneiro sai da caverna, sente um grande ódio dos companheiros e da prisão que vivera anteriormente. Some por alguns dias, retornando durante uma tempestade, quando, no caminho encontra um predador. Com muito medo, entra na caverna, mas agora fica com sua visão opaca, pois não consegue enxergar devido a escuridão, no entanto vai caminhando até chegar ao seu antigo lugar. Ao se acomodar o ex-prisioneiro começa a se sentir incomodado, sente que o lugar está pequeno demais para ele e procura revelar a verdade aos seus companheiros. A verdade, aquela do lado de fora da caverna, o verdadeiro mundo real.
No mundo externo, é notável que, quando o individuo consegue sua liberdade, quando há o desprendimento e uma nova consciência do mundo, novos desafios se despontarão. Entretanto, nosso mundo, sociedade ou do que quiser nomear, é incerto, inseguro, que por sua vez permite que o prisioneiro enxergue sua ignorância. Quando antes houve a invariância; agora tudo se transforma, o prisioneiro em transformação. A intenção do prisioneiro agora é: de retornar, mas como retornar? Uma vez, tendo experimentado a liberdade, o prisioneiro já não é mais o mesmo, pois conheceu a verdade, viveu grandes experiências. No seu retorno, o prisioneiro se sente inseguro, não consegue lidar com sua diferença devido seu conhecimento, se sente incomodado, excluído.
O intuito do psicoterapeuta é ser o ambiente seguro, o colo da mãe, reconhecer o paciente, aquilo que ele é e nada mais, para que o paciente possa reconhecer a si mesmo. Mas isso requer que psicoterapeuta e o paciente se harmonizem no despertar do desenvolvimento psicoterapêutico.
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Justamente, o objetivo é não ter objetivo.
ResponderExcluirÉ que se permita encontrar. Desencontrar.
Não se impõe nada.
Tampouco que haja cura, aproximação com isso, ou com aquilo.
Mas é fato que, a volta ao colo materno representa o oposto do que mencionei.