29.6.14

OBSESSÃO: O objeto evidenciado, desejo massacrado.



Caminhando em sua direção inconscientemente,
Sem saber ao certo por qual razão me aproximo cada vez mais de você.
Você está tão distante, mas minha pele ainda sente o árduo sabor do nosso suor.
Quando vejo de longe, eu fico trêmulo, chega a me faltar ar.
Será que alguém percebe toda essa euforia em minha alma?

Bem é sabido, não há nada mais a ser dito,
Mas há tantas coisas que parecem necessárias a se dizer.
Tantos passos que ainda precisam ser dados em nossa história, é duro viver em reticências.
Sei também que é uma explosão corrosiva, mas meu Eu-Teu ainda precisa de um pouco mais de você.

Ao caminhar em meio à multidão vejo o quanto perdemos andando em direções contrarias,
Buscando algo que estava tão visível, tão nosso.
Quantas bebidas consumidas pra desvanecer nossa aparência da minha mente, da sua.
Quantos cigarros pela metade foram gastos.
Não houve lagrimas, não há necessidade para o choro, o aperto do coração não deixam as lágrimas saírem.

Sempre seremos a pessoa certa para nós, mas que hoje fica na lembrança.
Lembranças que são fetiches em outros corpos, suores e amores.
Amores, esses que são somas de nós.

Você e Eu, nos deixamos em uma rua sem saída,
Onde as pessoas vão continuar sendo as mesmas,
Como pílulas antidepressivas, para que seja possível nos manter vivos.

Mas nós não seremos mais a mesma pessoa.
Pra que tantos desencontros, entre nós?
Seu sorriso, seus lábios ainda me inspiram à felicidade.
É tudo muito complexo, porque a partir daqui seremos como estranhos para nós,
Nos procurando em outros corpos, em outras paixões, em outros lábios, vícios.


Vamos continuaremos gastando nosso tempo,
Nos odiando, nos amandando cada dia mais,
Até nos aniquilarmos